Como
você imagina uma fábrica? Funcionários trabalhando com macacões sujos,
em esteiras, apertando parafusos em um ambiente mal iluminado. Apesar de
esse ser o cenário imaginado por muitas pessoas, quando se pensa em uma
linha de produção, a realidade mostrada pela Scania foi bem diferente.
Nesta quinta-feira, 26, a montadora abriu as portas para os jornalistas
conhecerem seu centro produtivo em São Bernardo do Campo, na região
metropolitana de São Paulo.
Na
fábrica, são produzidos chassis de ônibus; motores a diesel, para
diversas finalidades; e os caminhões da marca. A Scania adota o mesmo
padrão de operação da matriz, na Suécia. Os funcionários usam camisas
brancas, o ambiente possui claridade natural e no lugar de esteiras,
braços mecânicos, ligados ao teto, transportam o que está sendo
produzido pela linha de montagem.
A planta de São
Bernardo foi responsável pelos 1.652 ônibus, 13.435 caminhões e 2.511
motores absorvidos pelo mercado brasileiro. Além de fabricar para o
abastecimento interno, a unidade exporta para países na Europa, Ásia e
África. Atualmente, a filial brasileira é a maior operação da marca fora
da Suécia.
Durante a visitação, os jornalistas
puderam conhecer os locais onde são montados os motores, chassis de
ônibus e cabinas de caminhões. A primeira parte da visita foi destinada à
usinagem dos propulsores de nove, 11 e 12 litros, onde a Scania apostou
em tecnologia, tanto é que parte da produção é feita por robôs. Somente
na linha de produção dos cabeçotes, a montadora investiu US$ 20
milhões.
Recentemente, o layout da planta foi
modificado para a inserção da produção dos motores Euro 5. Além desses, a
marca fabrica também propulsores com tecnologia Euro 3, para
abastecimento do mercado latino-americano, e Euro 4, para o caso
específico do Peru.
Após
a linha de montagem de motores, a vista seguiu para o setor de chassis
de ônibus. Por lá, os jornalista puderam acompanhar a pré-montagem dos
módulos traseiros e dianteiros, a inserção de tanque de ar, chicotes
pneumáticos, entre outros aparatos. Um dos últimos procedimentos é o
teste do sistema de arrefecimento. Depois de serem abastecidos com fluxo
hidráulico, os chassis saem rodando da fábrica.
Por
fim, a visita chegou a um de seus momentos mais interessantes: a
fabricação das cabinas dos caminhões. Neste setor da linha de montagem,
há também muita automação, com robôs fazendo diversos trabalhos. A
produção das cabinas exige cuidados especiais, por exemplo: o processo
de pintura. Antes dele ser definitivo, é realizada uma pintura a pó para
garantir maior durabilidade à cabina. Além disso, a Scania desenvolveu
um procedimento para a cura da tinta em uma câmara com temperatura de
220 graus, que tem menos impacto ao meio ambiente.
O
último processo é a acoplagem da cabina ao chassi. A cabina chega
suspensa por um braço mecânico e é conectada ao chassi por funcionários.
A nossa edição utilizou imagens da Expresso Real Bus na matéria, pois a mesma é a maior cliente da Scania no estado da Paraíba.
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